Após críticas, D'Ale evita resposta a Fernandão: 'Melhor falar no vestiário'
El Cabézon parecia incomodado com a situação. Irrequieto, mexeu inúmeras vezes no boné e na cabeça. Questionado sobre ser um dos alvos da entrevista coletiva do técnico colorado após o empate em 2 a 2 contra o time pernambucano, D’Ale não entendeu o discurso do comandante de atletas que estariam em uma “zona de conforto” como um recado para ele:
- Eu não achei que fosse para mim. Nunca me senti assim no clube. Estar acomodado é não jogar, ficar na maca, não correr. Isso foge das minhas características. Tenho coisas para melhorar, mas não me senti atingido. Não vi ele citar o meu nome na coletiva.
O perfil contestador de D’Alessandro em campo foi trocado por um subordinado obediente. Mesmo como capitão, avaliou que Fernandão tem o direito de se expressar publicamente da maneira que bem entender. Assim como o treinador, reconheceu que o primeiro tempo diante da equipe de Waldemar Lemos esteve aquém das expectativas.
Se aceitou a postura do técnico após o jogo, o argentino disse que prefere agir de forma diferente. Bombardeado com perguntas sobre o que foi tratado na reunião, El Cabézon não deu indícios. Tampouco que tomaria a mesma postura. Segundo ele, o ideal em seu modo de entender é resolver arestas internamente:
- Não sou ninguém para falar se o que ele disse está certo ou errado. Posso dar a minha opinião. O Fernandão é o técnico e pode falar do jeito que quiser. Ele achou que era o melhor. Porém, se o grupo tiver que falar algo, vai fazer dentro do vestiário. é algo interno. As cobranças ficam dentro do vestiário. O único que pode cobrar fora é o treinador. Se outro quiser falar, não sou pai de ninguém. Eu não vou contar. Acho mehor ficar dentro do vestiário.
Atraso no treino
O dia não começou bem para D'Alessandro. No primeiro encontro entre Fernandão e o grupo de jogadores depois das críticas, o argentino chegou atrasado. Estacionou o carro 20 minutos depois das 10h, horário combinado para a reunião entre atletas e a comissão técnico. O camisa 10, porém, atribuiu o atraso à forte chuva.
- Foi a primeira vez em quatro anos que eu cheguei atrasado, por causa da chuva. Eu vou para a caixinha (multa paga pelos jogadores por eventuais atos de indisciplina). E é cara para caramba - brincou.
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