Abel sonha com nova série invicta e faz severas críticas ao calendário
A primeira derrota do Fluminense no Campeonato Brasileiro, para o Grêmio no Olímpico, veio após 11 jogos de invencibilidade. Depois do tropeço, o time engrenou uma nova sequência invicta, aumentando em uma partida: 12 jogos sem perder, até cair diante do lanterna Atlético-GO no último sábado. Agora, Abel Braga sonha manter o padrão. Restando 13 rodadas para o fim do campeonato, o treinador espera que o time consiga a proeza de terminar o ano sem ser superado por nenhum rival.
O comandante tricolor sabe que se trata de uma missão complicada, mas ao mesmo tempo reconhece o bom momento do time, principalmente depois do retorno dos jogadores que estavam no departamento médico.
- É o número que falta, não é? Primeiro foram 11, depois 12 e quem sabe agora a gente não engrena o 13? É uma situação quase impossível, mas não só para o nosso lado, e sim para os demais também. Vai ser difícil ver uma arrancada - afirmou.
Críticas ao calendário
Abel só perde o sorriso quando o assunto é o calendário do futebol brasileiro. É comum ouvir o treinador endossar as críticas da falta de espaço entre os jogos e das viagens constantes que acabam minando não só a parte física como também potencializam as lesões prejudiciais ao desenvolvimento da temporada. Nesta sexta-feira, Abel disparou novas críticas e disse que uma das situações mais absurdas é o pouco tempo de pré-temporada no início do ano.
- É inadmissível, incompreensível e, para falar a verdade, uma grande burrice o que se faz. É um crime! Após o fim do Brasileiro, os jogadores ganham um mês de férias e depois precisam recuperar tudo em menos de 15 dias. E não dá. Não tem como. Chega agosto e setembro, os jogadores sentem lesões quando deveriam estar no auge. Veja as lesões em todos os clubes! Na Europa são no mínimo 40 dias, com cinco amistosos, apresentações para a torcida... Aqui mal se consegue disputar um jogo-treino. O câncer do futebol brasileiro é esse - desabafou o treinador.
O comandante também lembrou que no ano que vem a tendência é que a situação piore, em função da disputa da Copa das Confederações.
- Quero ver como eles vão fazer. Vai ser terrível! Vão ter de criar uma semana com dez dias de duração - projetou.
Há pouco mais de um ano no comando do Fluminense, o técnico ressaltou a importância que a continuidade de uma filosofia de trabalho tem para se conseguir o êxito. Abel embrou que o time conseguiu superar perdas de jogadores importantes, além de se adaptar bem aos que chegaram. Para ele, isso só foi possível em função do entendimento da comissão, da diretoria e dos próprios jogadores.
- O tempo é fundamental para se formar uma equipe. O futebol é um esporte coletivo e essa união se faz necessária, não só do treinador com os jogadores, como deles com a gente. Perdemos jogadores, chegaram outros, e tudo isso leva tempo. Você vê o Deco e o Fred, por exemplo. Só neste ano eles conseguiram armar uma jogada que passou a ser praticamente mortal. É o tempo, e a gente sonha coroar esse trabalho com uma conquista. Seria muito importante para todos - finalizou.
O Fluminense é o líder do Campeonato Brasileiro com 53 pontos conquistados. O time volta a entrar em campo neste sábado, às 18h30m (de Brasília), contra o Náutico, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda.
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